8.6.2 - A RÁDIO TRANSCEPÇÃO CLANDESTINA

As transmissões de informação para fins de espionagem na retaguarda inimiga sempre foram uma das principais finalidades da guerra secreta, Entretanto, a sua eficiência somente se tornou possível com o advento do rádio como elemento de comunicação à distância. Ele foi largamente usado a partir da segunda guerra mundial, quando os países em conflito não pouparam esforços para desenvolver rádio transceptores que operando em diversos modos de comunicações foram capazes de atender esta furtiva finalidade.
Assim, no desenvolvimento deste tipo de radiocomunicação os projetistas passaram a considerar vários fatores logísticos como operacionais dentre os quais tem-se:

FATORES
CONSIDERAÇÕES
PORTABILIDADE E RIGIDEZ
Importantíssimo devido as mais diversas condições de uso e transporte do radio transceptor.
MODO DE TRANSMISSÃO
Geralmente onda contínua em CW ou Modulação por amplitude, pois exigia mínima largura de faixa não maior que, 0,2 KHz quando comparada com transmissões em radiotelefonia em média de 6 KHz.
FAIXA DE FREQÜÊNCIA
Devido às distâncias envolvidas entre a estação base e o transceptor portátil, geralmente acima de 2000 km, aliadas às condições ionosférica da radio propagação, se empregava freqüências entre 3 a 8 MHz.
POTÊNCIA DE TRANSMISSÃO
Entre 1 a 10 Watt, limitada não somente pela portabilidade do aparelho, porém, principalmente para evitar a radio localização pelas estações inimigas de radiogoniometria pela diminuição das ondas estacionárias geradas.
ANTENA
O transceptor tendo apenas 1 a 10 Watt de potência de transmissão exigia uma antena altamente eficaz permitindo uma de radiação eficiente, entre 2 a 4 Watts em condições operacionais camufladas.
ESTABILIDADE DE FREQUÊNCIA
Com variação mínima, obtida pelo emprego de filtros de quartzo, necessária devido à pequena potência de transmissão do aparelho, e aliada à necessidade de transmissões curtas par evitar ao máximo a rádio localização pelas estações inimigas de radiogoniometria.
ALIMENTAÇÃO
Rígida e estável tanto em CC como CA, pois o êxito da radiocomunicação dependia da flexibilidade operacional do transceptor.



 


 



Instruções impressas nos manuais de rádios militares quando o material era abandonado em área de combate.