Em 1906, o fisiologista holandês,
Willem Einthoven inventou um método capaz de registrar
tênues tensões que ocorrem em diferentes partes
do corpo humano por meio de um galvanômetro de fio.
Por estas suas pesquisas Einthoven recebeu o prêmio
Nobel de medicina e fisiologia em 1924. Para se obter maior
precisão o galvanômetro de fio foi logo substituído
por um aparelho mais sensível, o galvanômetro
de quadro de forma
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Fig. 352 ilustração do
novo campo da ciência médica, a eletro medicina. |
que as tensões do músculo cardíaco gerado
na superfície da pele podiam agora ser medidas e plotadas
em gráficos originando um gráfico, o chamado
“cardiograma” de forma a se ter uma impressão
do seu funcionamento. Surgia assim a eletrocardiografia. O
eletrocardiógrafo tornou-se uma ferramenta indispensável
na prevenção e tratamento do infarto do miocárdio
posto que a avaliação elétrica do músculo
cardíaco foi rapidamente aprimorada com advento do
vectocardiograma. Uma técnica na qual se emprega um
osciloscópio para indicar panoramicamente as diversas
tensões geradas, permitindo que o médico pudesse
agora avaliar a correlação existente entre elas.
A técnica desenvolvida por Einthoven foi logo empregada
para medir as extremamente baixas tensões, cerca de
30 microvolt, geradas pelo cérebro na superfície
do crânio. Assim, através da encéfalografia,
os médicos podiam estudar o funcionamento do cérebro
tornando-se um processo de grande aplicação
para a neurologia. Com a evolução da amplificação
eletrônica, além do cardiograma e do encefalograma,
no início da década de 1950, médico dispunha
de outras técnicas para avaliação e estudo
do comportamento da máquina humana. Assim, a fotocélulas
usada em colorímetros, permitia análises bioquímicas
do sangue com dosagens precisas de componentes como a hemoglobina,
creatinina, ácido úrico etc. Fig. 352
Os clássicos métodos de auscultação
e toque cedem lugar para avançados métodos eletrônicos
de diagnósticos e terapêuticos como diatermia,
miografia, ultra-sonografia, etc, tabela 4, além de
meios de monitorização hospitalar do paciente
cujos parâmetros clínicos são controlados
por um complexo processamento de dados através do computador.
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