11.3.2.3 - O PLÁSTICO COMO ELEMENTO DE ESTILO
Fig. 312 – Dr. Leo H. Baekeland, inventor da resina fenol-formoldeído, mais conhecida como “baquelita”.
Fig. 313 - Exemplo de um receptor feito em resina “baquelita”.
O aparecimento das resinas sintéticas facilitou sobremaneira a criatividade no desenvolvimento de novos estilos e formas de um sem números de objetos, incluindo sem dúvida o rádiorreceptor.
Pode se afirmar que a idade do plástico surgiu com o aparecimento da baquelita, cuja origem química fenol-formaldeído, foi inventada pelo belga naturalizado americano Dr. Leo H. Baekeland. Fig 312
No inicio era usada mais como uma laca atuando como fluido para impregnação. Porém, logo em seguida quando combinada com vários tipos de cargas, tornou-se uma material de moldagem com larga aplicação industrial, pois permitia de uma forma bastante prática a fabricação de objetos com as mais variadas formas.
Fig. 314 – O radiorreceptor com gabinete feito em resina tipo “Durez” Revista Communication
Assim o aparecimento da baquelita veio suprir de imediato a necessidade da industria eletrônica de um material que usando apenas de uma rápida operação de moldagem substituísse os antigos, caros e trabalhosos processos de fabricação de gabinetes para radiorreceptores. Fig. 313

Fig. 313A - A propaganda de época da resina “baquelita” para aplicação em fabricação de gabinetes de radiorreceptores domésticos. Revista Communication
Com a baquelita, surgiram outros tipos de resinas sintéticas usadas para a mesma finalidade. Dentre elas destacam-se aquelas vendidas sob o nome comercial de Catalin e Durez.
O emprego da resina Catalin originou um processo de fabricação de gabinetes bastante peculiar pois no lugar de se usar prensagem, o material era simplesmente vertido manualmente em moldes. Fig. 314
Os fabricantes usavam da sua criatividade, fundindo o gabinete em seções com cores contrastantes, as quais podiam ser misturadas e combinadas de forma a produzir uma enorme gama de padrões dando um aspecto de fabricação artesanal.
Enquanto que o aço e madeira como estilo deram forma ao receptor doméstico, o plástico em conjunto com novos desenvolvimentos: as válvulas de 1,4 Volts, redução do tamanho de eletro-componentes e, o circuito AC-DC, deu origem a uma nova tendência, ou seja a miniaturização, atingindo o seu clímax por volta de 1960 com o aparecimento do receptor transistorizado. Fig. 315


Fig. 315A - Ilustração de um rádiorreceptor a cristal, feito no Brasil em gabinete de plástico no final da década 1950. Fig. 315 - Momento do lançamento no mercado italiano de um dos primeiros radiorreceptores transistorizados fabricados pela firma alemã NordMende por volta de 1958.
Radio Industria Televisione
Fig 314A - Radiorreceptor com gabinete feito com resina tipo Catalin.