11.3 - O RÁDIO ENTRA EM CASA
Fig. 301 a sala de estar agora provida com um novo tipo de mobília o radiorreceptor doméstico.
No final da década de 1920, as radiocomunicações se consolidam, de forma que as transmissões em telegrafiaou mesmo em radiotelefonia que exigiam um grande domínio técnico do operador logo se popularizam com o aparecimento das primeiras radioemissoras dando origem a moderna radiodifusão. Enquanto que nas décadas anteriores as famílias dispunham em sua sala de estar apenas do fonógrafo, do piano ou mesmo, da aconchegante cadeira de balanço para a leitura de um bom livro, o radiorreceptor de uma forma arrebatadora adentra aos lares, tornando-se um elemento fundamental não somente para decoração, porém, principalmente para o entretenimento como informação interligando simultaneamente milhares de radio ouvintes ao redor do mundo. Fig. 301
Conforme anteriormente visto no capítulo 3, o desenvolvimento do rádiorreceptor já fora abordado de forma genérica, considerando-se basicamente como elemento evolutivo às concepções de circuito disponíveis na época.
Entretanto, o fenômeno do rádio, rapidamente difundido na sociedade, exigiu uma rápida adequação da indústria, de forma que para torna-se produtiva e, assim, atender a então crescente demanda de aparelhos, foi obrigada a pesquisar e desenvolver novos conceitos de fabricação, de componentes, de materiais e, principalmente, devido agora às características peculiares deste tipo de eletro doméstico que surgia, do design industrial, responsável diretamente pela sua concepção eletro-mecano-construtiva.