O AUDION
ou a válvula de três elementos - triodo - inventados por
Lee de Forest em 1907 se torna o elemento mais flexível da
eletrônica até a invenção do transistor em 1948. A fabricação
de uma válvula termiônica requer o emprego de uma gama de
materiais além de envolver diversos estágios de fabricação
baseados em uma tecnologia desenvolvidas em pesquisas iniciadas
a partir de 1913. Assim, CLAUDE PAILLARD, rádio amador de origem francesa,
operando com o prefixo F2FO e profundo estudioso da termiônica,
gentilmente brinda o visitante deste portal com um elucidativo
vídeo feito em seu laboratório particular, mostrando de forma
didática e objetiva as diversas fases da fabricação de uma
válvula de três elementos ou triodo.
O triodo tipo E feito pela Philips em 1917,
semelhante em aspecto ao congênere francês TM cuja estrutura
interna é descrita no vídeo.
Fabricação de uma Válvula Por Claude Paillard
Como orientação
ao visitante, o vídeo sobre a fabricação caseira de uma
válvula triodo consiste de uma série de estágios em seqüência
compreendendo:
1- A FABRICAÇÃO DOS ELETRODOS,
grade, placa e filamento ou catodo. 2- FABRICAÇÃO DA HASTE DE VIDRO COMO SUPORTE DOS
ELEMENTOS INTERNOS DA VÁLVULA 3 - A MONTAGEM DOS TERMINAIS NA HASTE DE VIDRO 4 - O BULBO DE VIDRO 4.1 - O TUBO PARA EXAUSTÃO DO AR OU RAREFAÇÃO 5 - A FIXAÇÃO DOS ELETRODOS: 5.1 - O FILAMENTO 5.2 - A PLACA E GRADE 6 – O PROCESSO QUÍMICO LIMPEZA PARA DESCONTAMINAÇÃO
DOS ELEMENTOS INTERNOS DA VÁLVULA ANTES DA RAREFAÇÃO OU
EXTRAÇÃO DO AR 7 - A MONTAGEM FINAL DO BULBO 8 - INICIANDO A QUEIMA DA VÁLVULA - GETTER 9 - A MONTAGEM DO SOQUETE 10 - O PRIMEIRO TESTE PARA VERIFICAR O COMPORTAMENTO
ELÉTRICO DA VÁLVULA 11- A APLICAÇÃO 11.1 - UM RECEPTOR MONO VÁLVULA 11.2 - UM TRANSMISSOR 12 - CLAUDE PAILLARD EM SEU LABORATÓRIO CASEIRO MOSTRANDO: 12.1 - O PROCESSO DE EXAUSTÃO DO AR OU RAREFAÇÃO
USADO NA FABRICAÇÃO DE UMA VÁLVULA0
O VÁCUO NA FABRICAÇÃO DE VÁLVULAS A BOMBA DE MERCÚRIO DE GAEDE
Aos e estudar a evolução da válvula
termiônica se nota a interdependência que existe entre os
campos da eletricidade, calor e vácuo. Os estudos sobre
o vácuo começaram com as experiências de Otto von Guericke
na Alemanha seguido de vários outros estudiosos como Robert
Boyle, Denis Papin, Swedenborg, Geissler, etc. Entretanto,
a invenção da bomba de mercúrio de Gaede historicamente
é um das inovações mais importante, uma vez que foi a primeira
bomba de alto vácuo de ação rápida existente e desde então
através do seu uso os físicos e engenheiros conseguiram
fazer importantes descobertas dentre as quais se destaca
o avanço na fabricação das primeiras válvulas. A bomba
de vácuo de Gaede ou por mercúrio rotativo permitiu que
a rarefação dos bulbos ou ampolas das válvulas fosse consideravelmente
melhorada. Basicamente este tipo de aparelho consiste de
um tambor de porcelana ou ferro de geometria complexa montado
de forma a girar dentro de um cilindro.
A bomba de Gaede é ilustrada no esquemático abaixo.
Á
direita, esquemático
da bomba de Gaede, onde:
B-
mancal de mercúrio C- câmera com mercúrio D- carcaça H – orifício R- ampola ou bulbo a ser evacuado S- eixo provido com manivela de acionamento
À direita, o principio de funcionamento de forma que quando o mercúrio
é girado na câmera C, pressiona o ar retirando-o através
de um tubo espiralado para a sua exaustão pela abertura
(E) onde esta ligada uma bomba rotativa.
A BOMBA PELO PRINCÍPIO DE CONDENSAÇÃO
POR ATOMIZAÇÃO DE MERCÚRIO
Outro tipo de bomba
de vácuo usada originalmente por Irving Langmuir
cujo principio de operação é conhecido
como condensação por atomização
de mercúrio, onde:
A – reservatório de mercúrio
B – tubulação pra passagem do vapor
de mercúrio
C- torre de condensação do vapor
E – Tomada para acoplamento de bomba rotativa.
R – ampola ou bulbo a ser evacuado.
O TUBO GEISSLER USADO COMO
UM TIPO DE MANÔMETRO IÔNICO.
O tubo de descarga Geissler
é usado como um tipo de manômetro eletrônico
pois, através da passagem de uma corrente elétrica
permite mostrar os diversos níveis de rarefação.
O tubo Geissler
Ilustração mostrando
o aspecto da descarga elétrica em diferentes
níveis de rarefação onde:
A - descarga em forma espiralada entre os eletrodos
B - descarga contínua com coloração
intensa
C - aparecimento de espaços escuros e diminuição
da intensidade da coloração
D - expansão total dos espaços escuros
e diminuição da intensidade de coloração
E - expansão total dos espaços escuros
dentro do tubo.
F - ausência de coloração no interior
do tubo apresentando apenas uma auréola esverdeada.