2.2.1 – A FABRICAÇÃO DE UMA VÁVULA TRIODO
O AUDION ou a válvula de três elementos - triodo - inventados por  Lee de Forest em 1907 se torna o elemento mais flexível da eletrônica até a invenção do transistor em 1948.  A fabricação de uma válvula termiônica requer o emprego de uma gama de materiais além de envolver diversos estágios de fabricação baseados em uma tecnologia desenvolvidas em pesquisas iniciadas a partir de 1913. Assim, CLAUDE PAILLARD, rádio amador de origem francesa, operando com o prefixo F2FO e profundo estudioso da termiônica, gentilmente brinda o visitante deste portal com um elucidativo vídeo feito em seu laboratório particular, mostrando de forma didática e objetiva as diversas fases da fabricação de uma válvula de três elementos ou triodo.
O triodo tipo E feito pela Philips em 1917, semelhante em aspecto ao congênere francês TM cuja estrutura interna é descrita no vídeo.

Fabricação de uma Válvula
Por Claude Paillard

Como orientação ao visitante, o vídeo sobre a fabricação caseira de uma válvula triodo consiste de uma série de estágios em seqüência  compreendendo:

1- A FABRICAÇÃO DOS ELETRODOS,  grade, placa e filamento ou catodo.
2- FABRICAÇÃO DA HASTE DE VIDRO COMO SUPORTE DOS ELEMENTOS INTERNOS DA VÁLVULA
3 - A MONTAGEM DOS TERMINAIS NA HASTE DE VIDRO
4 - O BULBO DE VIDRO
4.1 - O TUBO PARA EXAUSTÃO DO AR OU RAREFAÇÃO
5 - A FIXAÇÃO DOS ELETRODOS:
5.1 - O FILAMENTO
5.2  - A PLACA E GRADE
6 – O PROCESSO QUÍMICO LIMPEZA PARA DESCONTAMINAÇÃO DOS ELEMENTOS INTERNOS DA VÁLVULA ANTES DA RAREFAÇÃO OU EXTRAÇÃO DO AR
7 - A MONTAGEM FINAL DO BULBO
8 - INICIANDO A QUEIMA DA VÁLVULA - GETTER
9 - A MONTAGEM DO SOQUETE
10 - O PRIMEIRO TESTE PARA VERIFICAR  O COMPORTAMENTO ELÉTRICO DA VÁLVULA
11- A APLICAÇÃO
11.1 - UM RECEPTOR MONO VÁLVULA
11.2 - UM TRANSMISSOR
12 - CLAUDE PAILLARD EM SEU LABORATÓRIO CASEIRO MOSTRANDO:
12.1 - O PROCESSO DE EXAUSTÃO DO AR OU RAREFAÇÃO USADO NA FABRICAÇÃO DE UMA VÁLVULA0


O VÁCUO NA FABRICAÇÃO DE VÁLVULAS
 A BOMBA  DE MERCÚRIO DE GAEDE

Aos e estudar a evolução da válvula termiônica se nota a interdependência que existe entre os campos da eletricidade, calor e vácuo. Os estudos sobre o vácuo começaram com as experiências de Otto von Guericke na Alemanha seguido de vários outros estudiosos como Robert Boyle, Denis Papin, Swedenborg, Geissler, etc. Entretanto, a invenção da bomba de mercúrio de Gaede historicamente é um das inovações mais importante, uma vez que foi a primeira bomba de alto vácuo de ação rápida existente e desde então através do seu uso os físicos e engenheiros conseguiram fazer importantes descobertas  dentre as quais se destaca o avanço na fabricação das primeiras válvulas. A bomba  de vácuo de Gaede ou por mercúrio rotativo permitiu que a rarefação dos bulbos ou ampolas das válvulas fosse consideravelmente melhorada. Basicamente este tipo de aparelho consiste de um tambor de porcelana ou ferro de geometria complexa montado de forma a girar dentro de um cilindro.

A bomba de Gaede é ilustrada no esquemático abaixo.

        

Á direita, esquemático da bomba de Gaede, onde:

B- mancal de mercúrio
C- câmera com mercúrio
D- carcaça
H – orifício
R- ampola ou bulbo a ser evacuado
S- eixo provido com manivela de acionamento

À direita, o principio de funcionamento de forma que quando o mercúrio é girado na câmera C, pressiona o ar retirando-o através de um tubo espiralado para a sua exaustão pela abertura (E) onde esta ligada uma bomba rotativa.


A BOMBA PELO PRINCÍPIO DE CONDENSAÇÃO POR ATOMIZAÇÃO DE MERCÚRIO

Outro tipo de bomba de vácuo usada originalmente por Irving Langmuir cujo principio de operação é conhecido como condensação por atomização de mercúrio, onde:
A – reservatório de mercúrio
B – tubulação pra passagem do vapor de mercúrio
C- torre de condensação do vapor
E – Tomada para acoplamento de bomba rotativa.
R – ampola ou bulbo a ser evacuado.


O TUBO GEISSLER USADO COMO UM TIPO DE MANÔMETRO IÔNICO.

O tubo de descarga Geissler é usado como um tipo de manômetro eletrônico pois, através da passagem de uma corrente elétrica permite mostrar os diversos níveis de rarefação.


O tubo Geissler

Ilustração mostrando o aspecto da descarga elétrica em diferentes níveis de rarefação onde:
A - descarga em forma espiralada entre os eletrodos
B - descarga contínua com coloração intensa
C - aparecimento de espaços escuros e diminuição da intensidade da coloração
D - expansão total dos espaços escuros e diminuição da intensidade de coloração
E - expansão total dos espaços escuros dentro do tubo.
F - ausência de coloração no interior do tubo apresentando apenas uma auréola esverdeada.